terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Por que tantas provas aos estudantes do terceiro ano?

Os resultados obtidos com as provas do Enem 2010 não foram satisfatórios, mas em parte muito porque as melhores cabeças abandonaram o vestibular depois do vazamento das provas e o anúncio das universidades públicas de que não utilizariam os resultados para a composição das notas, fato esse que fez decair a média das notas em relação aos anos anteriores. No meu ponto de vista ainda há de se considerar outro fator que é o excesso de provas impostas aos alunos do terceiro ano do ensino médio. São provas para o Saresp, para o Enem, para vestibulares, para estudar em cursinhos gratuitos, provas, provas e mais provas. E ainda há as provas finais da própria escola. Isso sem falar que de dois em dois anos os alunos são avaliados pelo Saeb.

As provas do Saresp medem o desempenho dos alunos que estão encerrando o ensino médio, já as do Saeb faz uma seleção dos alunos que irão prestar no intuito de medir a qualidade do ensino nas regiões, ou seja, “meia dúzia de avaliados” indicam como vai o ensino na sua região. O Enem como porta de acesso ao ensino superior, assim como as outras provas, não é obrigatório, mas há uma importância ao candidato que almeja uma vaga nas universidades estaduais e federais do país, além de precisar da nota no Enem o candidato precisa prestar mais um vestibular para a própria universidade. O resultado é que não há como não fazer principalmente porque boas notas no Enem dão direito ao aluno de ter uma bolsa do Pro Uni para que ele possa estudar em instituições privadas.

Seria cômico se não fosse verdade. Essa situação é um tremendo abuso e falta de respeito, somente um país com uma educação capenga como tem o Brasil é capaz de impor provas como o Saresp e Saeb para avaliar a qualidade do ensino daqueles que estão dando adeus à escola e capaz de impor duas provas, o Enem e mais um vestibular, para um aspirante a uma vaga em uma universidade.

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